Uma conversa que sempre surge e deságua no inevitável: Deus.
Ele mesmo existe?
A crença mais sugestiva e consequentemente deveria ser mais aceita, é que Deus existe sim, e cada um o vê a seu modo. Que perdoem-me os adeptos do big-bang, mas por mais que tentem não há como conceber de universo, vida, destino paixões ou sincronicidade sem recorrer ao sagrado.
EM TODA PARTE
Há também de se esclarecer muitos conceitos: Deus é uma coisa, Religião é outra
Ele é uma só. Elas [mesmo acreditando que ele seja único], são muitas.
Deus é bom, as religiões mesquinhas, no fundo, todas exibem facetas ameaçadoras ou que provocam medo. Padres assexuados, pervertidos, pregadores histéricos, rabinos obcecados, idiotas capazes de se explodir em nome de Alah.
Sim, sim, sim! Há também muitas boas almas nos templos, mas é a premissa que incomoda.
Fé é um assunto sério demais para ser deixado nas mãos dos sacerdotes, são bem preferíveis as verdades mais simples, seria bem mais fácil se todos visem Deus em toda parte, na folha que cai, no vento que sopra, na face da mãe, na comida à mesa, no sorriso de uma criança, numa linda flor, nos desejos que se cumpriram, na sua própria alma.
Se há um nome merecedor a esse ser supremo, digna energia cósmica, esse nome me valeria como um livro que nunca li, mas cujo o título considero um achado: O Deus das pequenas coisas.
Isso mesmo, Deus é aquela poeirazinha do sagrado que habita os vãos dos detalhes. As gentilezas, um dia de trabalho sereno, as estrelas no céu, a água morna a escorrer pelo corpo ao final de um dia, Deus é isso – e como disse Guimarães Rosa "todas as outras coisas" O importante fundamental é que cada um possa vê-lo onde e da maneira que se permitir.
O sagrado não cabe na caretiçe das igrejas, prefere o aconchego dos nossos corações.
Deus é minúsculo no sentido de caber em qualquer coisa, por isso está por toda a parte.
