sábado, 11 de outubro de 2008

A sociedade

A
A só
A soci
A sociedade
A sociedade A
A sociedade Aba
A sociedade Abaixa
A sociedade Abaixa em
A sociedade Abaixa em G.
A sociedade Abaixa em Jeq.
A sociedade Abaixa em Jequié
A sociedade Abaixa em Jequié
A sociedade Abaixa em Jeq.
A sociedade Abaixa em G.
A sociedade Abaixa em
A sociedade Abaixa
A sociedede Aba
A sociedade A
A sociedade
A soci
A só
A


(...)

A sociedade Abaixa em Jequié
A sociedade Abaixa em Jeq.
A sociedade Abaixa em G.
A sociedade Abaixa em
A sociedade Abaixa
A sociedade Aba
A sociedade A
A sociedade
A soci
A só
A
A só
A soci
A sociedade
A sociedade A
A sociedade Aba
A sociedade Abaixa
A sociedade Abaixa em
A sociedade Abaixa em G.
A sociedade Abaixa em Jeq.
A sociedade Abaixa em Jequié


Duílio Oliveira


Ps: Muito Bem vindo Joe!

Sons da rua

E estava ela parada, do outro lado da avenida. Olhava para cima e para baixo esperando o momento exato de atravessar, o lado oposto deveria parecer um enorme campo de batalha que ela deveria travar para chegar ao seu destino.
Quando num ímpeto de coragem conseguiu dar os primeiros passos, seu corpo frágil e flácido já não respondia à sua vontade, mas ela não desistiu, e aquelas pernas secas, cinzas, suavam e unissonamente passam uma pela outra numa velocidade ridícula.
O som de uma buzina a tira daquela concentração convergente e todo seu esforço é cessado, pelo seu discernimento senil, sabia que o melhor era parar e ela parou. O som agora era de uma freada brusca como o de uma faca sendo amolgada numa pedra lisa e quente. E o terceiro era de palavras rudes sendo jogadas ao vento, palavras grossas e também com uma amolgadura indiscutível, e o silêncio.
No rosto de nossa criatura ali parada, ainda de pé segurando o lenço na cabeça, fez-se um sorriso seco e sem graça, a senilidade também lhe trouxe a ausência dos incisivos e dos caninos, já não tinha mais defesas. O seu choro expresso naquele alargamento das comissuras labiais lhe trazia a certeza que seus instintos de sobrevivência ainda estavam intactos, o que fez alguns pensarem que ali ainda era uma vida. Voltou a criar aquela coragem anterior e atravessou aquele mundo sem mais preocupações, por um momento acreditei no que ela pensou, que estava morta. As pessoas ali também paradas não conseguiram exprimir uma só palavra, um só conforto.
Como foi difícil atravessar a Rio Branco aquele dia.

(Joedson Dias)

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

mais um dia...

A tristeza, beleza!
Noite só, escuridão, medo
Cedo, não tão cedo.
A vida que não fuja de mim
O tempo que me leve vivo, pra conehçer todos os livros
Todos os brilhos, toda tristeza da velhice.
Velho e sadio, para vençer todos os desafios.
A morte não cabe em mim, não cabe em nós, vós, neles...
Prefiro o céu azul, ventos que sopram do sul,
O verde vivo, verde vida!
Antes eles que a morte, que sorte!
Morte é ruim, porque morrer não dói,
Morrer destrói até a dor, que é
A prova viva de que estamos vivos,
Idos, sidos, talvez vencidos.
A existência não há igual
Os astros nos contemplam
O zodíaco nos define,
Venturados e desventurados sempre seremos.
Quando na minha tristeza
Paro para ver o dia,
Eu imediatamente sei;
Enquanto houver sol, haverá vida
Haverá esperança!
E logo, eu já sou feliz!


Dudu.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

manhã

Hoje, necessariamente, acordei com saudades do Vinícius de Moraes. Também inicia-se mais uma primavera, e com ela a renovação das cores, das flores, dos amores... amores de Vinícius, o poetinha para os amigos, o grande poeta nacional para a pátria. A manhã de hoje me trouxe como um dia também para ele, a vontade de viver, ser, crescer, de me encontrar..." a vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida "... Procuro esse encontro nas canções de amor por ele cantadas, na vida boemia por ele tanto amada, na primavera recém-chegada, nos seus versos....versos expressos de uma felicidade que não se tem previsão de quando chegará....
Saravá!!
Dudu

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

azul industrial

A mancha azul das cinco olho
Na passarela se derramando sobre a cidade
No fundo azul da carteira de trabalho
Azul contradiz-se na sociedade

Na trama da fama que tanto difama
Na grama com grana há os que queiram
Na beira do rio esperar sob a sombra
Sem sombra da má onda que tanto lhes beiram

Baianos suburbanos
De todos os anos que
Chegam em bandos

Bando de meses e anos
E baianos chamados
De sub-humanos.

Dedicação.

Da juventude que
Pede atitude com toda virtude
Pra ver a amplitude.

E o sindicato que
Opõe-se ao ato
Da não atitude

Diz que a própria juventude
É que perde amplitude
Da contestação.

E a submissão

Da imposição azul.

Azul pejorativo
Azul da pontualidade
Azul com fundo de Baú

Azul repetitivo
Azul da oportunidade
Azul do Rio Grande do Sul

Azul cor de sapatos
Azul de estorvo
Azul pareçe não ter fim

Azul cor dos candidatos
Azul salva o povo
Azul que voa e escoa em mim


Dudu.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

next sex.

como a cada dia que passa
me sinto uma eletrosfera significativa
te espero vir com um beijo,
e retribuo com adejo.

recuso - me
verifico - os

estilhaços da morte nos seduz.
toquem para serem tocados
compartilhamento de corpos atrás do supermercado
por que a vida é breve
e agora é noite.

me busca
me alisa
me abraça
me usa
me chama de Mon Bijou


dudu

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

somos, somos, somos

Sociedade
só. se. é dada.
as construidas leis,
promessas futuras,
incopatibilidade de seres,
a incompreensão do homem
tudo num tempo só. permuta danificada

levantando lares há mais de 2.000 anos
limitando sonhos por muito mais além...

sociedade das mães [ X ] sociedade dos pais
só os filhos que nunca são felizes.

dignidade e compreensão!!

porque, somos a semelhança de deus
e ele pode ser todas as coisas.


dudu

em algum lugar.

Penso.
e s c r e v o
e logo depois desapareço.
escervo todas as minhas emoções
esquecendo-as todas depois
busco saber
de
onde
surgem essas emoções.
.p a l a v r a s
rimas rimando o rumo das linhas
rimas tortas e confusas

como eu.

por que será por que as minhas razões
de ver o mundo tão real
não persistiram?

talvez porque essas razões
nunca existiram..


dudu

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Tristeza



Para ler ouvindo : Warwick Avenue – Duffy

A coreografia 4 passos da noite encanta,
Baila ao mesmo tempo em que dança!
Noite que anoitece o dia,
Rouba do sol o brilho que veste a lua!
Na rua suja, ainda ela continua...
Lua que vigia e brilha na retina fina
Dos olhos que tanto vigilia!

Caminhada noturna

Melodia da nostalgia

O silêncio da solidão

Feliz ou triste rotina de becos secos
Estreitos sem gente (da calada)
Vazios.

A noite é feminina como a palavra,
Até os sobreviventes dos telhados
São contemplados de olhos para vê-la.
Poesia felina de um gato que não sabe andar no escuro
Passos tortos desencorajados de quem parou
Em alguma das linhas dos versos.
Foi levado pela escolha... de quem não parou (e atropelou )
Pelas 7 vidas inadiquiridas
Tom and Jerry, enfim, choraram...

Como é ir para sempre?

[...]

Da noite mais linda
Levará em si a lembrança
Triste

De ter ficado

Na estrada que passou....


dudu.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Uma mídia de 0,75 Centavos

Uma compra que rendeu frutos:

- Tem oitenta, pode ficar com os cinco!

- Não toma aqui!, Uma bala, um chiclete!

- Obrigado!

Será que ele não entendeu que os 0,05 não era tão importante para mim? Não importa, o aproveitável é que ele me presenteou com algo que não tinha como eu resistir. Eram poucos lugares que orefeciam uma promessa doce, e isso eu sabia que iria me influenciar a usar bem o CD que comprei.
E lá vou eu novamente estragar meus dentes...
Mas o que importa? Tudo um dia vai ter de se estragar mesmo, - Não é assim hein? Quanto mais preservar, mais vai durar, e é assim em tudo na vida.
Nem esperava ser contribuído daquela forma, não procuraria voluntariamente também, mas chegou num momento propício. Acredito que as circunstâncias sempre sabem dos nossos apelos, o sabor me fez esquecer das dores das preocupações de uma manhã inteira, me fez sentir o cheirinho de infância ida , pura infância que se perdeu no tempo. Depois dessa triste manhã ao menos eu tinha algo para aliviar a pureza de palavras na minha boca, o vazio de soluções em meus pensametos. Doce de tão doce parecia rosa da cor do chiclete, esse gosto, esse infinito de reação, esse breu de preenchimento. Só não presta pra uma tarde inteira.
Propus-me a me despedir-se do devaneio ao chegar. antes de chegar fiquei a pensar..

pensar

e pensar..

pensei em escrever o que estava pensando, na metade do caminho, outro pensamento interrompeu o anterior: - Era o doce que já não era mais doce.
Continuei e o antigo logo retornou; será que devo escrever lá quando chegar que estou pensando aqui que estou pensando em escrever até isso que estou pensando? Até de pensar confunde quanto mais escrever esta confusão, Pensei confuso também.
Mas a verdade é que nunca mais escrevi, nunca mais expressei meus pensamentos, meus temores, meus fantasmas as minhas amigas folhas soltas de caderno, acho que isso todo mundo tem a necessidade de fazer, e hoje eu tenho.
O chiclete que tive de troco agora é quem me cobra uma reação, ele até conseguiu afastar por hoje o Leo e a Biby do meu itinerário? Muito particular pro meu gosto, merece um envolvimento maior.
Antes de chegar à passarela do rio, já não sentia nenhum doce sequer, comecei a pensar como me desfazer dele, não havia nada de poético que poderia fazer com o próprio, nada de artístico, não tinha tempo, tinha pressa a pressa que é contra a arte, é contra a poesia. Por conta dessa pressa precisava me livrar dele da forma mais natural, mas não tão natural a ir de contra meus valores e meus hábitos naturalísticos. Não havia nenhum balde de lixo, um saco, um tantinho amontoado sequer, cheguei a passarela e com ela o rio, então tudo estava perdido, nada pode ir para o rio, isso faz mal a ele.
Mas então veio o paradoxo; se não faz mal a mim, por que faz a ele? - Mas rio não é gente Duílio, portanto não chupa chiclete..hahahahahaahhahaa veio a risada por um momento e o insulto; - Lá vem esse outro Duílio metido a besta, novamente esse for cortado por outro lapso de pensamento; do quê é feito o chiclete pra não ser bom ir para um rio? Se ele vem do látex das árvores ou do petróleo, não seria tão ruim devolvê-lo ao ambiente, ah!, mas tem a química, a química da natureza que agride a própria natureza.
Não importa, a verdade é que é super desconfortável pisar num chicle derretido pelo sol, só isso vale pra não tira-lo agora da boca. Passei e não joguei em lugar algum.
Depois do rio não pensei em muitas coisas, só fiquei com a lembrança de dois gauchões cinquentões conversando no meio do caminho, tinha quase certeza de que se tratava de dois caminhoneiros que entregam solas para fábrica de calçados, calçados que pisam nos chicletes, pensei, Aí depois veio a pergunta; E se eu oferecesse chicletes a eles será que conseguiriam imaginar que esses chicletes são os maiores inimigos dos sapatos? É difícil desgrudá-los, parece até uma história de casamento, mas aquela pergunta foi apenas uma daquelas perguntas que não saem do seu ponto inicial passei e continuei em minha rota.
Após os caminhoneiros desapareceram do meu campo de visão, eu já estava prestes a chegar ao meu local de destino, e não conseguia responder se o dono do lixo que eu escolhria pra jogar o chiclete fora, iria deixá-lo num local adequado, não sendo assim seria até melhor se eu tivesse jogado no chão e fosse parar na sola de um sapato do que no bico de um pato (Risos)...rima rima rima rima...mas ela rimou e não solucionou...
Enfim, o tempo se acabou, e com ele também a chance do chiclete continuar desempenhando o seu trabalho vital, ou seria operacional? Melhor então seria o importante papel de me deixar a ser criança novamente. Adultos não chupam chicletes, não se se consideram suficientemente adultos.
Saudades.....
Enfim, na trajetória conclusiva, meu companheiro de viagem concluiu sua missão na terra.
Pluft!! Caiu numa caixa de lixo.


Duílio.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Por que o céu é azul?



Me disseram que o céu é azul por que Deus é menino... mas quando está bem de tardinha o céu fica rosa.... o que isso quer dizer? Esta questão, esta dúvida ou de repente esta incógnita, me faz refletir um pouco sobre o nosso papel de fato neste planeta. Estamos acostumados a passar pela vida tão rapidamente que não nos damos conta do que vamos deixando para trás e, não percebemos toda a beleza viva que nos cerca. Vamos abrir os olhos gente, ver a vida com todas as cores e não deixar o mundo cinza como a pressa, o stress e o capitalismo que faz girar a roda que chamamos de sociedade. Não viemos aqui só para isso, nunca foi nosso dever de casa correr como loucos para chegar a lugar nenhum, ao contrário, a grande lição que temos que aprender é justamente o respeito à vida e à tudo o que respira, ao nosso planeta e a tudo aquilo que vive sobre ele.

Aqui é o nosso lar doce lar!